Cinco garotos sob a tutoria de uma jovem de 15 anos, no
caminho para se tornarem grandes ídolos da música. Esta é a premissa do mangá
Crash!, da autora Fujiwara Yuka, e que poderia muito bem ser aplicado a várias
bandas J-pop por aí, não? (Fora a parte deles serem gerenciados por uma garota
adolescente, que é meio forçada, mas vamos lá...).
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Shiraboshi Hana |
Shiraboshi Hana é a filha da presidente de uma grande
agência de talentos especializada em descobrir e promover novos ídolos da
música japonesa, a White Star. A garota possui um dom um tanto...
não-convencional, digamos: ela consegue sentir quando uma pessoa ou algo tem
potencial para fazer grande sucesso através de seu nariz, que sangra na
presença de um grande ídolo ou uma pessoa com capacidade para se tornar um
excepcional artista.
Um dia, Hana repentinamente se depara com cinco garotos
parados ao acaso em um mesmo local e seu nariz solta jatos de sangue
(literalmente... suja todos os meninos, tadinhos – eu sei, não é uma cena muito
legal pra se visualizar), indicando que aqueles rapazes não devem ser comuns...
Ela decide, (após acordar do desmaio, porque tanta hemorragia assim não é
saudável...) procurar esses caras (sim, ela não sequer sabe quem eles são) e
transformá-los em uma banda de sucesso!
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Uma das muitas ocaisões em que vemos Hana dando seu sangue (literalmente) pela banda |
Como este é um mangá (e shoujo, ainda por cima), é lógico
que ela consegue, aos poucos, reunir todos os meninos atingidos por sua
hemorragia nasal.
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Kurose Kiri |
O primeiro a aparecer é Kiri, que estuda na mesma escola que
ela. O rapaz passa por sérias dificuldades financeiras, e é usando o argumento “dinheiro”
que Hana consegue convencê-lo a tentar se tornar um ídolo. Um tanto mandão e nervosinho, ele
demora a se dar bem com a garota e com certos membros do grupo... É o típico
sem-noção da história.
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Shinozuka Rei |
Rei é o filho de um famoso mágico e também atua como mágico nas horas vagas. Faz
o tipo “sério e caladão” do mangá. Tem um relacionamento de “ódio à primeira
vista” com Kiri.
Jumpei e Kazuhiko são amigos de infância, e os próximos a se
unirem à trupe de Hana. O otimista Jumpei tem grandes habilidades de dança de
rua, enquanto o tímido Kazuhiko possui um futuro promissor na dança tradicional
japonesa. Ambos decidem abandonar esse “caminho da dança” para perseguirem esse
sonho de serem ídolos pop.
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Da esq. para dir.: Jumpei, Hana e Kazuyhiko |
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Aoyagi Yugo |
O último a aparecer é Yugo, que aparentemente aceita a
proposta de Hana apenas pensando nas meninas que conseguirá como fãs (o cara é
o maior playboy do mangá).
O motivo pelo qual gosto tanto desse mangá é porque, ao
longo da história, conseguimos ver a progressiva evolução da banda – denominada
nome Crash, daí o título do mangá – , que aos poucos vai superando suas
dificuldades e incapacidades para se tornarem ídolos de fato. Além disso, Hana
é uma das minhas protagonistas shoujo favoritas: a menina manja muito de tudo o
que se refere a “ser um ídolo”, desde cantar e dançar até quais são as melhores
estratégias de marketing para promover uma banda (tanto que os meninos até
comentam que “ela mesma poderia ser um grande ídolo musical”)! Enfim, a garota
é muito inteligente, e sempre sai com soluções criativas para resolver
problemas da banda e conquistar um público cada vez maior – é muito bacana ver
qual será a próxima estratégia que Hana inventará para aumentar a popularidade
do grupo.
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Jumpei, sempre se esforçando para dar o melhor de si :) |
Os meninos que compõem o grupo também são bem interessantes,
cada um com uma personalidade definida e grandes talentos. Acho que meu
integrante preferido é o Jumpei, que se torna o líder da banda, justamente por
ser sempre um cara animado, que nunca desiste mesmo perante as dificuldades e
sempre tenta pensar de forma positiva. É graças a ele que os integrantes da
banda se tornam um pouco mais unidos, porque se não fosse por isso (e pela
chefia linha-dura de Hana), talvez Kiri e Rei já tivessem se matado e Yugo já
teria escapado para um encontro com alguma menina... Acho que Yugo era o
personagem por quem eu sentia menos simpatia na história; mesmo porque, ele
pouco aparece ou sofre algum tipo de evolução ao longo dos capítulos... Até,
claro, a autora nos surpreender com uma reviravolta no último volume da
primeira parte do mangá! Pessoalmente, Yugo continua sendo o membro de Crash de
quem menos gosto, mas até aprendi a apreciar ele um pouco depois do final do 7º
volume...
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Um dos exaustivos treinos conduzidos por Hana |
Mais uma vez: como este é um mangá shoujo (embora nem todos
os shoujo tenham esta temática), não falta um romancezinho para incrementar a
história: temos, então, o triângulo amoroso formado por Kiri, Rei e Hana,
embora este só seja de fato trazido à tona no final da primeira parte de Crash
e ao longo da segunda parte do mangá. Ao longo da história da primeira parte do
mangá, porém, nunca fica realmente explícito que os dois garotos gostam da
menina, ou que esta veja algum dos membros do Crash de forma diferente dos demais.
(embora dê pra perceber que os dois sentem algo pela garota).
Aliás, só pra explicar esse negócio de primeira parte e
segunda parte do mangá: em 2012, após completarmos 7 volumes do mangá, a autora
cria um “novo rumo” para a história ao introduzir uma nova protagonista, Yui, a
atrapalhada garota que conhece Kazuhiko desde a infância e acaba se envolvendo sem
querer nesse mundo... Os personagens antigos continuam, é claro, mas agora o
foco de atenção do mangá muda para esta nova personagem (que eu acho muito
chata pra ser sincera, a Hana dá de dez a zero na Yui, pouts, a autora podia
ter criado uma menina mais interessante...).
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Yui, a protagonista da parte 2 de Crash! |
Enfim, pra quem curte uma boa história que não foca em “romances
água-com-açúcar” (não que eu não goste de mangás com romance, mas enche um
pouco às vezes...), com personagens bem delineados e que vão evoluindo ao longo
de sua trajetória, “Crash” é uma ótima pedida. Só uma coisa que me irrita um
pouco é que os últimos capítulos da primeira parte têm a qualidade do desenho
um pouco diminuída... Mas, no geral, o mangá tem boa qualidade técnica, vale a
pena conferir.
Só mais uma curiosidade:
Em outro post eu comentei sobre uma das
minhas bandas japonesas favoritas, o KAT-TUN. Pois bem, a autora Fujiwara Yuka
criou uma história especial para a revista “Myojo” com o grupo em 2011.
(imagina a minha felicidade, heueheuheuhuehue). O desenho tá muito bacana, e os
integrantes estão muuuiiiito parecidos!
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